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21 de junho de 2012

Kabbalah: A Evolução do Ego


A Historia da Evolução do Ego


Como a nossa natureza é o desejo de receber e ser satisfeito (satisfazer nossos desejos corporais por alimento, sexo e família, e nossos desejos humanos em troca de dinheiro, respeito, controle e conhecimento), o nosso ego revelado nestes desejos foi se desenvolvendo e determinando o progresso da humanidade desde os tempos antigos até meados do século XX. Portanto, nós mudamos constantemente, e ao mesmo tempo mudamos a nossa sociedade, desenvolvendo tecnologia, indústria, a família e as disposições sociais, etc.
A partir da metade do século XX, o ego parou o seu crescimento linear e começou a ficar redondo, o que significa que se tornou egoisticamente global. Assim, nós descobrimos que a natureza que nos rodeia é oposta a nós, ou seja, é altruisticamente global (em doação). Estes dois sistemas estão agora num conflito.
Nosso papel é garantir que eles não estarão em conflito e não negarão um ao outro; caso contrário, a humanidade começará a se destruir com a atração de uma indesejável influência negativa da natureza. É importante que a humanidade se torne mais como a natureza e em harmonia com ela.
Isto significa que o desenvolvimento do ego atingiu o seu fim. Por um longo tempo, ele nos empurrou para frente; nós acreditávamos que esse era o caminho para mudar o mundo e fazer o que quiséssemos com ele, e agora isso chegou ao fim. Agora, o mundo, a natureza, está se voltando contra nós, exigindo que mudemos. Portanto, temos que passar de uma mudança no nosso meio ambiente para uma mudança em nós mesmos.
Vemos que muitas pessoas no mundo já chegaram a essa conclusão. O método da educação integral é construído para contar, explicar, tranqüilizar e convencer as pessoas de que não é difícil mudar a si mesmo sob a influência do ambiente e da sociedade. Se agirmos desta forma, vamos criar uma sociedade harmoniosa e uma vida que vai abrir novos patamares para nós.
Um Método Essencial
Pra começar devemos falar sobre o movimento, sobre a evolução da humanidade, sobre o que a natureza nos trouxe, e quais os desafios que ela nos apresenta. Ao mesmo tempo, buscar fatos como evidência, das pesquisas e opiniões de cientistas, psicólogos, cientistas políticos, economistas e todos aqueles que lidam com mecanismos globais da humanidade ou da natureza.
Sabemos que todos eles quase chegaram a um consenso de que entramos num sistema muito interessante que mostra a sua interação plena e global, e a integralidade absoluta na qual cada parte depende das outras e determina o que vai acontecer com as outras. Neste sistema tudo funciona em harmonia, exceto o homem: ele viola o equilíbrio porque é oposto à natureza. O ego do homem se desenvolveu a tal ponto que, de repente, uma divergência, um contraste e oposição são revelados entre a sociedade humana, incluindo todos os sistemas e instituições que criamos, e o sistema geral da natureza.
Portanto, não há outra escolha. Como nós sentimos esta oposição como uma crise, devemos procurar o método de equilibrar-nos com a natureza. Então vamos nos sentir confortáveis.
Este é o tema para introduzir: por que devemos estudar o método integral, qual a finalidade?
Assim, estudar educação integral deve ser percebido como mais importante e urgente para a humanidade, pois sem chegar a um estado de equilíbrio com a natureza, a situação global ameaçará nossa existência.
Devemos mostrar às pessoas que estamos lidando com algo que é muito importante e essencial. Ao estudarmos o método integral, adquirimos os vasos necessários para mudar a si mesmo e a sociedade, que ajudarão a nós mesmos a família e os filhos, no trabalho, e em cada interação com os outros, nos negócios, nas suas relações pessoais, em tudo.
O curso é bastante fácil, e é dado sob a forma de uma discussão entre os participantes sentados em círculo. AS pessoas trocam opiniões e, assim, avançam mais rápido. Este formato de estudo permite aos participantes lembrar o material melhor do que num formato de palestra.
Como a educação integral está se tornando cada vez mais popular em diferentes partes e círculos da sociedade, fica claro que quanto mais nós a alcançarmos, mais fácil será para nós nos adaptarmos aos outros, sentindo-nos assim mais seguros em todos os sentidos.
Fundamentos da Sociedade Integral
Quando o homem é sucessivamente rejeitado da união e anseia por ela novamente, ele está passando por uma cadeia de situações chamada de “exílio”. Ele começa a sentir cada vez mais que este é o exílio. Exílio de quê?
Aqui há toda uma série de esclarecimentos: o exílio do bom estado, o exílio da compreensão e exílio do que pode satisfazer o meu ego. Mas eu começo a receber tudo, apesar disso tudo. Para mim não importa o que eu deveria sentir. Mesmo se eu não sentir nada, o principal é que eu vou subir acima deste estado, de modo que o exílio para mim vai ser a falta da qualidade de doação em mim.
Quando eu me anulo, eu paro de sentir o meu estado. Se eu anulo o meu “eu” (a minha personalidade), eu não existo, só o Criador existe. É como se eu desaparecesse Nele, eu não me sinto. A única coisa que eu quero é entrar na qualidade de doação, esse amor que preenche tudo em volta de mim. Se eu fizer um esforço, eu começo a sentir que realmente trabalho com ela em harmonia. Este movimento já é consciente e é expresso como o exílio correto.
Eu começo a mudar meus valores. Se antes eu sentia satisfação, compreensão, um sentimento bom, e todas as coisas pessoais eram sublimes, eu já não o sinto agora.
Agora, a coisa mais importante e principal para mim é o anseio pela qualidade de doação. Melhor ainda se eu me esforço por ela acima de situações imperfeitas, porque isso me dá plena confiança de que não é o meu ego que me empurra para frente.
Ele me enfraquece, eu me sinto mal, me sinto fora do lugar, mas, apesar de estas situações, eu sou atraído à qualidade de doação, ao Criador, a este campo que preenche tudo que está ao redor. Anulando-me, eu me torno transparente em relação a este campo e a Luz superior passa por mim.
De repente, é revelado que o Criador me acompanha, como se dizendo a Moisés (ao meu ponto no coração), “Venha ao Faraó”. Isto é, eu começo a ver que quando Ele desperta o ego em mim, Ele ao mesmo tempo me ajuda a estar conectado a Ele. Por quê? Porque quando Ele desperta o meu ego, Ele desperta grande sofrimento. Agora, se eu posso ser atraído à qualidade de doação, isso não ocorre pela satisfação, porque vai contra o meu ego: assim, ele me ajuda a fazer a minha primeira restrição (Tzimtzum) e assim eu avanço todo o tempo aumentando meus esforços na direção da qualidade de doação, a despeito do que sinto.
A questão principal aqui é a anulação de nós mesmos e estarmos atraídos à qualidade de doação. Neste caso, eu já estou construindo acima do vaso (o desejo) uma tela e a Luz Refletida. Este é o primeiro estágio espiritual.
Depois de eu dirigir a mim mesmo, eu chego a um nível tal que subo acima do “Faraó”. Este estado é chamado “Fuga do Egito”. Eu me elevei acima do meu ego; certamente, eu não fujo dele para qualquer lugar, pois ele existe em mim, mas sob a “tela”, e eu acima dele. Este é o significado do “Êxodo do Egito”, quando eu, no meu sentimento, não estou na escravidão do meu ego.
Publicado em 18/junho/2012  no blog: www.laitman.com.br

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