A Historia da Evolução do Ego
Como a nossa natureza é o desejo de receber e ser satisfeito
(satisfazer nossos desejos corporais por alimento, sexo e família, e nossos
desejos humanos em troca de dinheiro, respeito, controle e conhecimento), o
nosso ego revelado nestes desejos foi se desenvolvendo e determinando o
progresso da humanidade desde os tempos antigos até meados do século XX. Portanto,
nós mudamos constantemente, e ao mesmo tempo mudamos a nossa sociedade,
desenvolvendo tecnologia, indústria, a família e as disposições sociais, etc.
A partir da metade do século XX, o ego parou o seu
crescimento linear e começou a ficar redondo, o que significa que se tornou
egoisticamente global. Assim, nós descobrimos que a natureza que nos rodeia é
oposta a nós, ou seja, é altruisticamente global (em doação). Estes dois
sistemas estão agora num conflito.
Nosso papel é garantir que eles não estarão em conflito e
não negarão um ao outro; caso contrário, a humanidade começará a se destruir
com a atração de uma indesejável influência negativa da natureza. É importante
que a humanidade se torne mais como a natureza e em harmonia com ela.
Isto significa que o desenvolvimento do ego atingiu o seu
fim. Por um longo tempo, ele nos empurrou para frente; nós acreditávamos que
esse era o caminho para mudar o mundo e fazer o que quiséssemos com ele, e
agora isso chegou ao fim. Agora, o mundo, a natureza, está se voltando contra nós,
exigindo que mudemos. Portanto, temos que passar de uma mudança no nosso meio
ambiente para uma mudança em nós mesmos.
Vemos que muitas pessoas no mundo já chegaram a essa
conclusão. O método da educação integral é construído para contar, explicar, tranqüilizar
e convencer as pessoas de que não é difícil mudar a si mesmo sob a influência
do ambiente e da sociedade. Se agirmos desta forma, vamos criar uma sociedade
harmoniosa e uma vida que vai abrir novos patamares para nós.
Um Método Essencial
Pra começar devemos falar sobre o movimento, sobre a
evolução da humanidade, sobre o que a natureza nos trouxe, e quais os desafios
que ela nos apresenta. Ao mesmo tempo, buscar fatos como evidência, das
pesquisas e opiniões de cientistas, psicólogos, cientistas políticos,
economistas e todos aqueles que lidam com mecanismos globais da humanidade ou
da natureza.
Sabemos que todos eles quase chegaram a um consenso de que
entramos num sistema muito interessante que mostra a sua interação plena e
global, e a integralidade absoluta na qual cada parte depende das outras e
determina o que vai acontecer com as outras. Neste sistema tudo funciona em
harmonia, exceto o homem: ele viola o equilíbrio porque é oposto à natureza. O
ego do homem se desenvolveu a tal ponto que, de repente, uma divergência, um
contraste e oposição são revelados entre a sociedade humana, incluindo todos os
sistemas e instituições que criamos, e o sistema geral da natureza.
Portanto, não há outra escolha. Como nós sentimos esta
oposição como uma crise, devemos procurar o método de equilibrar-nos com a
natureza. Então vamos nos sentir confortáveis.
Este é o tema para introduzir: por que devemos estudar o
método integral, qual a finalidade?
Assim, estudar educação integral deve ser percebido como
mais importante e urgente para a humanidade, pois sem chegar a um estado de
equilíbrio com a natureza, a situação global ameaçará nossa existência.
Devemos mostrar às pessoas que estamos lidando com algo que
é muito importante e essencial. Ao estudarmos o método integral, adquirimos os
vasos necessários para mudar a si mesmo e a sociedade, que ajudarão a nós
mesmos a família e os filhos, no trabalho, e em cada interação com os outros,
nos negócios, nas suas relações pessoais, em tudo.
O curso é bastante fácil, e é dado sob a forma de uma
discussão entre os participantes sentados em círculo. AS pessoas trocam
opiniões e, assim, avançam mais rápido. Este formato de estudo permite aos
participantes lembrar o material melhor do que num formato de palestra.
Como a educação integral está se tornando cada vez mais
popular em diferentes partes e círculos da sociedade, fica claro que quanto
mais nós a alcançarmos, mais fácil será para nós nos adaptarmos aos outros,
sentindo-nos assim mais seguros em todos os sentidos.
Fundamentos da Sociedade Integral
Quando o homem é sucessivamente rejeitado da união e anseia
por ela novamente, ele está passando por uma cadeia de situações chamada de
“exílio”. Ele começa a sentir cada vez mais que este é o exílio. Exílio de
quê?
Aqui há toda uma série de esclarecimentos: o exílio do bom
estado, o exílio da compreensão e exílio do que pode satisfazer o meu ego. Mas
eu começo a receber tudo, apesar disso tudo. Para mim não importa o que eu
deveria sentir. Mesmo se eu não sentir nada, o principal é que eu vou subir
acima deste estado, de modo que o exílio para mim vai ser a falta da qualidade
de doação em mim.
Quando eu me anulo, eu paro de sentir o meu estado. Se eu
anulo o meu “eu” (a minha personalidade), eu não existo, só o Criador existe. É
como se eu desaparecesse Nele, eu não me sinto. A única coisa que eu quero é
entrar na qualidade de doação, esse amor que preenche tudo em volta de mim. Se
eu fizer um esforço, eu começo a sentir que realmente trabalho com ela em
harmonia. Este movimento já é consciente e é expresso como o exílio correto.
Eu começo a mudar meus valores. Se antes eu sentia
satisfação, compreensão, um sentimento bom, e todas as coisas pessoais eram
sublimes, eu já não o sinto agora.
Agora, a coisa mais importante e principal para mim é o
anseio pela qualidade de doação. Melhor ainda se eu me esforço por ela acima de
situações imperfeitas, porque isso me dá plena confiança de que não é o meu ego
que me empurra para frente.
Ele me enfraquece, eu me sinto mal, me sinto fora do lugar,
mas, apesar de estas situações, eu sou atraído à qualidade de doação, ao
Criador, a este campo que preenche tudo que está ao redor. Anulando-me, eu me
torno transparente em relação a este campo e a Luz superior passa por mim.
De repente, é revelado que o Criador me acompanha, como se
dizendo a Moisés (ao meu ponto no coração), “Venha ao Faraó”. Isto é, eu começo
a ver que quando Ele desperta o ego em mim, Ele ao mesmo tempo me ajuda a estar
conectado a Ele. Por quê? Porque quando Ele desperta o meu ego, Ele desperta
grande sofrimento. Agora, se eu posso ser atraído à qualidade de doação, isso
não ocorre pela satisfação, porque vai contra o meu ego: assim, ele me ajuda a
fazer a minha primeira restrição (Tzimtzum) e assim eu avanço todo o tempo
aumentando meus esforços na direção da qualidade de doação, a despeito do que
sinto.
A questão principal aqui é a anulação de nós mesmos e
estarmos atraídos à qualidade de doação. Neste caso, eu já estou construindo
acima do vaso (o desejo) uma tela e a Luz Refletida. Este é o primeiro estágio
espiritual.
Depois de eu dirigir a mim mesmo, eu chego a um nível tal
que subo acima do “Faraó”. Este estado é chamado “Fuga do Egito”. Eu me elevei
acima do meu ego; certamente, eu não fujo dele para qualquer lugar, pois ele
existe em mim, mas sob a “tela”, e eu acima dele. Este é o significado do
“Êxodo do Egito”, quando eu, no meu sentimento, não estou na escravidão do meu
ego.
Publicado em 18/junho/2012 no blog: www.laitman.com.br
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