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25 de dezembro de 2013

O verdadeiro espírito do Natal

É Natal e na grande magia, que envolve esta época do ano, desperta dentro de alguns um potencial de solidariedade e compaixão, surgem as campanhas contra a fome e a miséria humana, renasce dentro de nós a esperança na humanidade e em sua generosidade.

Muitas famílias passam juntas esta noite, pessoas perdoam-se mutuamente, desentendimentos são desfeitos, compartilha-se a emoção e a alegria que envolve a história do menino Jesus e a lenda do bom velhinho, tudo gira em torno do amor. É o aval que algumas pessoas precisavam para demonstrar seu carinho e sua gratidão às pessoas que querem bem.


A figura de JESUS simboliza a capacidade humana de ser humilde, generoso, de amar, compartilhar, preocupar-se com o outro e principalmente respeitar as pessoas, independente de classe social, ou mesmo das próprias crenças.

De forma geral, fomos educados dentro de uma concepção filosófico-religiosa onde aprendemos a valorizar o ser generoso, aquele que oferece toda a sua disponibilidade e bens para o outro, sem pedir nada em troca. 

Só podemos oferecer o que temos, a generosidade é uma capacidade emocional que se relaciona ao desprendimento e a autoestima.

Quando você oferece algo para alguém esperando algo em troca, isto chama-se na verdade investimento e, portanto, você não está dando nada; quando você oferece algo e cobra o pagamento, isto é venda e, desse modo, o outro tem direito de saber o que está comprando e qual o preço do produto para decidir se o quer ou não.

As relações afetivas de todo tipo, sejam familiares, amorosas, fraternas ou quaisquer outras, tem como base o compartilhar de afetos, pensamentos, emoções, respeito mútuo e, portanto, não se trata de investimentos no sentido que coloquei anteriormente, nem de venda. 

É como a garota que gasta todo seu salário com um lindo presente para seu namorado e na noite de natal ele chega com um pacotinho de bombom e sente-se culpado por ter sido tão mesquinho. Na verdade, nenhum dos dois estava satisfeito e seguro da própria atitude, ela esperava algo mais substancioso, pelo menos mais próximo do esforço que fez para agradá-lo, enquanto deveria, na verdade, reavaliar seu modo de sentir-se passível de ser amada. 

 
Esta equação: tenho que oferecer muito para as pessoas perceberem como eu sou legal, e obviamente ser recompensada, são velhas companheiras conscientes ou inconscientes das pessoas que se acham generosas demais para este mundo cruel e mesquinho que não reconhece sua grandeza e generosidade. Na verdade, o centro desta questão é uma autoestima muito baixa, uma dificuldade de perceber o próprio valor.

Como isso é possível numa sociedade capitalista e competitiva como a nossa? Como sermos ‘bons sem nos sentirmos bobos ou nos tornarmos tirânicos?

Aprendemos com nosso desenvolvimento pessoal, que toda relação contém em si algum tipo de troca; buscamos ser aceitos em nossa forma de estarmos no mundo, sermos compreendidos em nossos motivos e principalmente, buscamos ser felizes.

Ser BOM é diferente de ser BOBO, como também querer ser esperto também é diferente de ser generoso.

E qual a diferença entre essas coisas?

O diferencial está na capacidade de perceber-se e aceitar-se, de ser autêntico em suas atitudes, respeitando a si e ao outro. O bobo é aquele que na verdade não sabe do que é capaz e portanto não consegue perceber do que o outro é capaz, justamente por não ter real conhecimento da própria natureza (humana), coloca-se numa posição de total desproteção, tornando-se vulnerável. 

O esperto é aquele que está sempre tentando ‘levar vantagem em tudo’, mas sempre vestido de bom moço, ele é produto do entendimento equivocado da palavra generosidade. E, finalmente, o bom é aquele que sabe que não é bom nem mau e ao mesmo tempo é simplesmente o 'interjogo' dessas duas forças que existem dentro de nós e as quais procuramos, através de nossa maturidade emocional, aprender a manter em equilíbrio para nos relacionarmos de forma harmoniosa e feliz.

O advento da generosidade é algo maior que o poder econômico. Podemos ser generosos sem necessariamente termos dinheiro, podemos oferecer gratuitamente amor, atenção, solidariedade e principalmente respeito, aprendendo a olhar as pessoas que estão à nossa volta como seres humanos, não apenas enxergando seus defeitos, mas as suas qualidades e potenciais pessoais.



Desejamos a todos um Natal generosamente fraterno e feliz.

Litha- Solstício de Verão

 
Dia 21 de Junho de 2013, aqui no Hemisfério Sul o solstício de Verão começou às 06:04 da manhã. Onde o Sol, com todo o seu esplendor, espalha os seus raios sobre a Terra, com grande intensidade. É o Solstício de Verão LITHA. 
 
O Solstício de Verão é um fenômeno da astronomia que marca o início do Verão. É o instante em que o hemisfério Sul está inclinado cerca de 23,5º (graus) na direção do Sol. Quando a intensidade da radiação solar é maior, pois, os raios solares incidem verticalmente sobre o Trópico de Capricórnio.

Comemora-se assim o Dia mais longo do Ano, o pico da luz Solar e as promessas de fertilização da Terra.
 
É o momento em que a Terra e o Sol se alinham de modo que todos os seres que crescem e vivem alcancem sua plenitude. A Luz cada vez mais intensa fortalece os organismos, dá energia para o crescimento e desenvolvimento dos seres. No Solstício inicia-se o período do amadurecimento, que irá proporcionar farta colheita na próxima estação.


Para os Celtas, o solstício de Verão é chamado de Litha, que na roda do Ano sucede ao Beltane. Em Beltane se comemora o amor entre o Deus e a Deusa, que deu origem a todas as coisas do Universo. É o festival do seu casamento.
 
No Litha, O Deus chega ao ponto máximo de seu poder.
 
A Deusa e o Deus, encontram-se no seu auge de Energia Vital, sendo o clima de plena Abundância e de Realização. O Deus Cornífero é coroado como o Senhor da Luz, nesta época de fartura e de mudança.
 

A Deusa e o Deus, depois de se terem casado em Beltane, vivem agora a Êxtase da união. É o momento em que o Sol atinge o seu auge e as flores e toda a natureza se encontram repletos de cor e de nova vida.
 
Nesta altura do ano, o Deus já está adulto e torna-se o pai dos grãos que irão nascer, a colheita estará próxima e fértil. Em toda a sua plenitude o Deus Cornífero traz a promessa de total fertilização com o sucesso do seu enlace com a Deusa Mãe.

Mas, ao mesmo tempo que este é o auge do Deus, também é o prenúncio do seu declínio, uma vez que, nesta altura, ele, após ter cumprido a sua função de fertilizador, dá o seu último beijo à sua amada e caminha em direção ao País de Verão, utilizando a Barca da Morte, para ir morrer em Samhain.
 
Este dia é repleto de grande magia, por isso é a época em que se colhem ervas para fazer unguentos, poções e filtros. Tradicionalmente colhe-se o orvalho da noite do Solstício de Verão, pois acredita-se que ele tem o poder de rejuvenescer. O altar deve ser decorado com girassóis, simbolizando a face do Sol. 
 
 
Costuma-se fazer um círculo de pedras ou de velas vermelhas e queimam-se flores vermelhas ou ervas solares (como a Camomila) juntamente com os pedidos no Caldeirão. O corpo e o físico são reverenciados nesta data. É hora de pedirmos coragem, energia e saúde.
 
 
Este é o único Sabbbath, onde se fazem feitiços, pois acredita-se que o seu poder mágico é enorme.

Este é o momento ideal para se fazer pedidos, que serão com certeza realizados com a força da Mãe natureza.

RITUAIS PRATICADOS EM LITHA:

- No Norte de África e na Europa, colhe-se as ervas medicinais e mágicas. Acredita-se que neste dia a plenitude da força do Deus Cornífero, ficará impregnada nas ervas e assim elas terão mais poder de cura e magia.

-Banhos purificadores são feitos em cachoeiras, rios e fontes.

-Acredita-se que tudo aquilo que for pedido em LITHA, será realizado e todas as formas de magia, principalmente as de amor, serão mais fortes.

-Neste dia os amuletos do ano anterior são queimados e feitos novos amuletos e talismãs de proteção, bem como poções e filtros.


Muitos monumentos estão alinhados com o Sol, nesta altura do Ano Celta, sendo provavelmente o mais conhecido Stonehenge.
Não se esqueça que a noite do dia 21/12 pertence às Fadas, aos Duendes, aos Elfos e a todos os restantes Elementais, uma vez que eles celebram a vida em todo o seu esplendor e harmonia, correndo livres e soltos pelos bosques e clareiras na terra.
 
O Litha nos ensina que a transformação faz parte do contínuo progresso que é a vida. Tudo no Universo é cíclico e o homem evolui à medida que supera os obstáculos.

Nascemos e morremos à cada fase das nossas vidas. Sendo assim, devemos ser humildes para não ficarmos cegos com o brilho do sucesso e do poder de um momento; buscarmos o equilíbrio e a harmonia diante das dificuldades no momento do declínio; e estarmos conscientes que só a morte do homem velho trará à vida o Homem novo.